Autoria: Atlus

Série: Por que jogamos games de bad — Parte 4

Henry Lorenzatto

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Olá meus queridos Homo Sapiens, devo dizer que está está sendo uma ótima descoberta estar aqui debatendo essas questões com vocês. Talvez também tenha um pouco de ansiedade e pressão envolvidos. Felizmente esse é parcialmente o tema do gênero de hoje. Sem mais delongas…

Capítulo 4: Jogos de reflexão

O exercício do pensar

Chegamos a ele, à polêmica, a categoria de jogos que assolam as redes sociais com opiniões de especialistas de vivência e Wikipédia. Aquele gênero que pelos nerdolas é chamado de lacração.

Por que ele causa esse efeito raivoso ou emocionado nas pessoas? E mais importante ainda, porque jogamos e somos tão viciados neles?

Mas primeiro!!

Por que reflexão é um gênero? Afinal reflexão nada mais é que a arte de criticar, debater, filosofar e questionar algo. Fazemos isso com tudo, não é mesmo?

Até então todos os jogos eram muito sobre o Eu. Jogos reflexivos são sobre o Nós. Embora tenham pessoas chatas que minimizam o medo, ansiedade e tristeza, elas costumam se manter bem contidas, afinal, se o problema é seu e não está afetando ela, provavelmente você só vai ser ignorado.

Jogos de reflexão fazem o oposto, eles são sobre a construção social, o design estrutural da sociedade, moralidade, história, povos, cultura…. Política. Tudo que compõe o tecido da sociedade e influenciam além do eu, pode ser um jogo reflexivo.

Mas porque somos tão absorvidos pelo debate social?

Eu vou abrir essa discussão com uma citação livre do personagem Capheus de Sense8 das incríveis irmãs Wachowski.

A citação diz mais ou menos isso aqui:

“Sabe por que pobres gastam mais na TV do que em geladeira? Porque a geladeira nos mantém aqui dentro, a TV nos leva para fora.”

Nós somos fascinados por coisas que nos levam para fora. Os seres humanos são naturalmente seres sociáveis e queremos participar, ver, interagir, decidir, sermos validados e aceitos na sociedade.

A falsa construção da cultura apolítica

De uns dez ou doze anos para cá, a comunidade nerd foi assolada pelo pensamento da isenção social, alienação da realidade, esvaziamento de debate e infantilização cultural.

Foi instituída a ideologia que a cultura pop não tem nenhuma função social que envolveria de representação histórica e política, a desenvolvimento de construção e moralidade.

Autoria: 11 Bits Studios

O caso ficou tão sério que é negado a representação política de uma releitura de ataque terrorista feito por pessoa de etnia árabe a um aeroporto americano. Nada político foi identificado pelos jogadores ou assumido pelos desenvolvedores.

Isso não é muito diferente de um evento que aconteceu em 11 de setembro de 2001 que até hoje molda a política internacional mundial.

Por que esse fenômeno de alienação aconteceu?

Primeiro gostaria de fazer um convite. A algum tempo escrevi um artigo sobre como e por que jogos são artigos de cultura com habilidade de desenvolver o ser humano e sua construção social. Embora eu esteja pincelando um pouco disso aqui com intuito de desenvolver o diálogo de jogos reflexivos, esse debate é desenvolvido mais minuciosamente no link abaixo.

O Manifesto Gaymer

Voltando,

No final da primeira década dos anos 2000, uma mudança na sociedade acontecia. Se iniciou a ascensão de forma global no mundo ocidental das minorias sociais e indenitárias, as chamadas pautas de costumes pela política.

Essa mudança de paradigma foi naturalmente acompanhada pela mídia e cultura, e de repente novos discursos, novos paradigmas foram instituídos e abalaram o mundo conservador e fundamentalista.

É importante perceber que o que movimenta a política atual são as ideologias de costumes, decência e moralidade. Caso contrário, se realmente fosse econômica, o governo atual não teria o apoio que tem.

Mas se não acredita em mim pode fazer o teste. Vá em qualquer rede social e poste uma mensagem sobre gênero neutro e outra sobre o PIB dos últimos 4 anos.

Qual vai ter maior movimentação do povo?

Esse é um dos motivos que jogamos jogos de reflexão, novamente somos fascinados com o que é de fora, e sempre fomos, não começou em 2008–2009.

Há pouco tempo estava repassando a novela o Clone que passou nos anos 2001. O que vocês acham que fez o sucesso dela? Um Clone e uma estética árabe? ou será que foi…

…. um questionamento ético e religioso de produzir uma vida artificial?

… Progressismo científico ignorando a necessidade social?

…O direito e independência feminina nosso comparado com o Árabe?

…A luta ao vício às drogas e a consequência que a negligência familiar tem?

Questões sociais sempre foram debatidas abertamente pela cultura pop. Se argumentar que “joguinho” é diferente. Quando se tem um homem indo resgatar uma princesa indefesa em um castelo, papel de gêneros já estão sendo atribuídos. Sabemos quem tem o poder e quem tem que esperar.

Adultos dessa época refletem hoje esse comportamento misógino imbuído por esses jogos, então talvez seja melhor para todo mundo parar com a farsa da isenção social e política na cultura. Até porque a cultura é uma grande parte de quem somos.

Somos construídos e nos entendemos como humanos e cidadãos a partir dos meios que nos rodeiam, logo cultura também é um formadora de caráter e percepção de moralidade.

A Reflexão

Autoria: Ubisoft

Agora que passamos por essa parte chata, porém necessária de compreensão da importância de jogos reflexivos e como são classificados, podemos voltar a falar da reflexão.

Já assistiu um filme no cinema que ao sair da sessão você ficou contemplativo com a mente longe ou pensando no que você absorveu? Essas são questões que um jogo reflexivo propõe, ele é imbuído com um aprendizado, uma mensagem e mais importante ainda, um questionamento.

Jogos de tristeza e medo tem uma mensagem individual. Eles tem como objetivo chegar a uma resposta e conclusão.

Jogos de reflexão tem o objetivo de despertar uma indignação existente, porém não percebida. Expor uma situação ao qual o jogador pode ser alienado ou ignorante sobre e levantar uma questão, a mensagem final é sempre uma pergunta e uma correlação com a realidade.

Dessa forma são feitas fábulas, analogias, recortes e sim relatos históricos. é importante ressaltar que contextos fantasiosos e fantásticos são igualmente usados para descrever realidades ou críticas a objetos pontuais da realidade.

O Real e Irreal

NieR: Automata é um jogo que vai te fazer pensar e contemplar o que é ser humano, o que constitui a humanidade. No entanto, dentro dele não existe nenhum humano. Como que um jogo que não tem nenhum ser humano consegue falar de humanidade?

Da mesma forma que contos e fábulas da nossa infância eram usados para nos ensinar lições de vida, comportamento, moralidade, virtudes e várias outras normas de como viver em comunidade.

Contos como chapeuzinho vermelho ou os três porquinhos todos tem uma lição. Porém são repletos de seres fantásticos.

Autoria: Platinum

Quando isolamos o fator humano é mais fácil de focar em uma mensagem que não aconteça ruídos, pois nós complicamos problemas simples do nosso dia a dia com o fator humano tal forma que se o retirarmos, torna-se muito mais palpável e puro um sentimento, problema ou mensagem.

NieR assim se torna um jogo que nos questiona qual a diferença entre o adjetivo humano e o substantivo humano, nos forçando a enxergar e questionar definições do eu e do nós.

Quem somos na sociedade? Porque fazemos o que fazemos? Porque sentimos o que sentimos? Questionamos de hábitos diários à decisões definitivas de coisas que fazemos no automático.

Esse é um questionamento sócio filosófico que conflita diretamente com o pensamento conservador. Ele instiga a pensar no porquê de uma tradição, se é o melhor caminho e se o contexto da necessidade de uma ideologia continua relevante.

O desenvolvimento da empatia também é estimulado, incitando a ponderar sobre como os afetados por tradições se sentem e vivem, refletindo no melhor caminho para uma sociedade saudável, no entanto esse processo requer uma quebra de dogmas, ideologias e doutrinas.

Tal processo é chamado de desconstrução social.

Autoria: Platinum

Também podemos citar o oposto. jogos como Valiant Hearts mostram relatos históricos com personagens fictícios, formando um jogo que representa de forma “real” nosso mundo.

O jogo acontece durante a primeira guerra mundial e somos testemunhas da realidade não romantizada da guerra. Famílias são separadas, não só pela distância mas dois personagem “sogro e genro” são obrigados a se tornarem inimigos. Pois, enquanto o sogro é francês, o genro é alemão.

Uma realidade que nem sempre é mostrada sobre a primeira guerra. Muitos eram familiares e amigos lutando se matando uns aos outros por algo que eles mesmos não se importam. Isso assim como vários acontecimentos nos fazem refletir no que é humanidade. Defender um interesse de um estado ou preservar a vida humana?

O jogo, principalmente se jogado em português nos mostra relíquias históricas se tornando uma real aula de história, passando informações de maneira sensível, emocionalmente e envolvente de um dos eventos mais trágicos da história.

De verdade, a reflexão pode abordar tudo, embora a participação e integração de minorias sociais tenha se tornado popular e polêmico.

Autoria: Ubisoft

Estrutura social, leis, direitos, direcionamento do dinheiro e foco público, violência, moralidade, virtudes, conceitos de certo e errado, justiça, abuso, decisões cinzas, meio ambiente, toda extensão do que nos faz uma sociedade está apta a serem discutidas a nível sócio político no “joguinho”.

Assim refletimos e aprendemos tanto com o real ou irreal sobre humanidade, e com essa fagulha se inicia uma fogueira de debates sobre empatia, poder do estado, família, instinto, política, dever, nacionalismo, obediência e muitos outros questionamento que compõe a dúvida que nos faz perguntar…

Por que?

O Hiper Real

Conversamos sobre o real e o irreal e a reflexão que eles nos trazem. Mas, e o hiper realismo? Existe uma quarta parede a ser quebrada. Vamos falar sobre o momento em que a realidade digital se mistura com a nossa…

…e o momento que o jogo que tem noção que ele é um jogo?

Parece apenas um conceito cômico visto em artigos como Deadpool, mas também pode ser percebido de outras formas e até podemos pensar em nosso lugar na sociedade e no universo

Em One Shot somos um jogador que no jogo é tratado como deus. A personagem principal conversa diretamente conosco tendo uma noção que estamos em outra realidade e abertamente começa a discutir conosco sobre semelhanças entre as realidades.

Se a personagem do jogo está ciente que ela é uma simulação, como podemos ter certeza que não estamos em uma?

Erro na Matrix….

Autoria: Future Cat

Tirando a teoria da conspiração como foco, Existe uma percepção de realidade a se notar. Será que a pessoa que põe mais água no feijão para render vive na mesma realidade de quem vai passar o final de semana em Paris?

Quantas realidades existem? O que acontece quando eles se chocam? Como lidar com essas diferenças? Mesmo em órbitas diferentes, elas também se influenciam, afinal temos várias realidades dividindo uma mesma sociedade.

Se um ser digital e um de carne e osso conseguem achar similaridades, talvez a pluralidade de ideias e debate saudável sejam possíveis com ideias diferentes. Todos temos que compartilhar o mesmo espaço e encontrar o caminho da equidade.

Claro, privilégios e sistemas opressores teriam que ser revistos, baseado em uma integração e justiça comum.

Autoria: Future Cat

Toda essa reflexão pode ser feita em um jogo que controlamos uma gatinha que segura uma lâmpada, mas que na jornada abre seu coração e assim conseguimos nos ver em seu lugar.

De repente nos sentimos pequenos no universo. Em suas realidades e possibilidades e ao mesmo tempo que sentimos descontrole na aleatoriedade da vida e suas consequências, sentimos um poder nas decisões.

Se nada importa, tudo importa.

Das metáforas e alegorias da vida

Quem nunca conversou por metáforas? analogias feitas para atribuir um pensamento, sentimento ou ocorrência de algo a outra coisa. O intuito seria no meio da comparação conseguir tocar o coração do outro com uma correlação mais perto da realidade do ouvinte?

Detroit: Become Human, mais um jogo sobre androides. No game os androides são tratados como coisas, objetos de posse de um detentor que esse sim é um ser vivo e um cidadão digno de cidadania.

O jogo, assim como NieR tem o questionamento do “o que é consciência e cognição, o que é a alma?”, mas isso é muito filosófico para o que quero abordar.

Os androides são uma subclasse sem direitos e dignidade. Com o objetivo de trabalhar, são completamente subordinados e inferiores aos seus melhores, os humanos de verdade.

Seus sentimentos são irrelevantes e menosprezados e ao se rebelarem tem que se esconder tanto no meio das pessoas, quanto em guetos. São marginalizados na sociedade e se encontrados são tratados com violência, ódio e desprezo.

Os rebeldes são chamados de divergentes, máquinas falhas e com erros em seu sistema que não se encaixam na sociedade, a qual deveriam aceitar as coisas como são.

Seus apelos são descartados e suas vozes silenciadas. Quando recebem um tratamento mínimo de dignidade é esperado uma admiração e gratidão eterna, pois o melhor que podem esperar da vida é o dó e a caridade que invariavelmente perpetua a convenção da realidade que eles são propriedade de outros e autorizam a eles a vida.

A própria crença de acharem que têm direito e podem opinar sobre a vida dos Androides é um atestado de que acreditam que os androides pertencem a eles.

Autoria: Quantic Dream

Quantas e quais minorias identitárias você conseguiu ver escrito nessas palavras?

Todas! De alguma forma todas cabem ai, não existe resposta certa. A comunidade negra e LGBTQIA+ por exemplo estão em cada estrofe, mas muitos outros podem ser percebidos.

Outro motivo de jogarmos games de reflexão é a identificação que as pessoas conseguem sentir nos personagens e em suas histórias. Nos emocionarmos com as desventuras que são tão similares às dificuldades da vida, uma analogia à vida real na mão e uma emoção no bolso.

A possibilidade de vencer e superar essas dificuldades, as quais são tão difíceis na vida é sedutora e em si emocionante. É como soltar um fôlego que há tempos estávamos segurando. O ser humano ao participar do aprendizado social, desenvolve empatia.

Porque existem tantas pessoas que repudiam tal seguimento de jogo?

Além da quebra de ideologia do pensamento conservador e os conflitos naturais que se encontram em uma mudança de paradigma social, existe a culpa e responsabilidade indesejada que é imbuída.

Autoria: Quantic Dream

Olhe todos os artigos de cultura criados há décadas, seja jogo, ou cinema, novela, livros etc. O ser humano naturalmente odeia e repudia a injustiça. Todos odiamos injustiça e desigualdade social, mas odiamos ainda mais nos perceber no papel do opressor.

Se falamos de alguém sobre uma injustiça, a pessoa vai repudiar a injustiça. Se atrelarmos a responsabilidade da pessoa nessa injustiça, ela vai repudiar a problematização.

E esse é o momento que Pabllo Vittar foi longe demais!

Peça uma pessoa para estar do seu lado, jamais peça para encarar os próprios demônios.

A indignação e simulação

Alguns jogos chegam para chocar, mostrando uma face da humanidade que ela não quer ver, pois não queremos acreditar que temos a capacidade de tamanha crueldade e perversão.

This War of Mine é o jogo que te faz encarar seu reflexo no espelho. Ele é uma simulação de uma guerra. Nada que não estamos acostumados a normalizar. Sim, somos uma sociedade que normaliza a guerra.

Dessa vez, o jogo não mostra o “herói”, ele mostra o povo. Os que ficam e tem que achar uma forma de sobreviver. Comer, dormir, segurança são luxos.

Pessoas que viveram sua vida produzindo se veem em uma situação de total carência e se veem tendo que tomar decisões morais que desafiam o que conhecemos sobre a humanidade.

Autoria: 11 Bits Studios

Afinal, você entraria em um apartamento e mataria uma senhora idosa para pegar a comida dela? Bem preto e branco em questão moral. Porém, será que certo e errado cabe em uma situação que se você não fizer isso o seu filho morre de fome?

E assim é feita a pergunta, será que acabando com a sociedade também se acaba com a humanidade? Existe humanidade em situação de sobrevivência?

Talvez não deveríamos ser tão propensos a julgar a mulher que rouba um miojo do supermercado para alimentar seu filho e nem uma que vende seu corpo para comer.

Em um julgamento de moralidade vindo de um pedestal, talvez a fome não devesse ser relativizada, quem tem fome tem pressa. A moralidade pode sim ser um privilégio burguês.

Quando lutas não são feitas para garantir a dignidade de um povo, a barbárie já está instalada.

E sobre This War of Mine, em uma guerra existe um vencedor e vários perdedores.

A identificação contagiante

Agora chegou a hora dele, um dos jogos que mais representa todas (ou quase) lutas sociais. O grande Persona 5. Taí um jogo que aborda, injustiça social, corrupção, abuso, opressão. Jogá-lo em si é quase a reescrita de um manifesto.

Enquanto todos os outros jogos na lista tem narrativas em que a reflexão social é percebida da narrativa, em Persona 5 a reflexão social é o tema.

Em Persona vamos do micro (psicológico) ao macro (social) e somos obrigados a ver que estamos todos interligados, a sociedade não é feita de bolhas isoladas. Vemos que cada decisão que tomamos individualmente influencia o todo.

Autoria: Atlus

No jogo somos adolescentes que repararam a injustiça e corrupção que nos rodeia. Desejamos uma sociedade justa e igualitária. A diferença é que o jogo te faz uma pergunta:

“Beleza, você consegue ver além e encontrar a verdade, mas e aí? O que você vai fazer? Você vai chorar e continuar em sua zona de conforto, ou você vai se levantar se revoltar e libertar seu espírito de rebeldia? Como você vai fazer a sua justiça?”

É um jogo sobre se rebelar na frente do conformismo, sobre não aceitar que as coisas são assim apenas porque elas sempre foram assim.

Faça você sua justiça, lute pela igualdade, levante e se oponha ao abuso que você sofre, impeça a corrupção de se alastrar, nada é isolado, tudo é conectado.

Quando no nosso mundo uma pessoa rica reclama de segurança e apoia medidas que retiram verba da educação para aumentar o policiamento, ela não consegue ver a conexão que existe, pois seu pensamento é reacionário.

A violência existe pela desigualdade que é expandida pela falta de educação, em um futuro muito próximo ela precisará de mais segurança, pois a decisão dela causou o problema. Logo ela tomou uma decisão inconsequente e irresponsável.

Autoria: Atlus

Em Persona a percepção de ação e reação na esfera social é um palco frequentemente exposto, pois temos que perceber que o oceano da sociedade é formado pela gota de cada pessoa.

O jogo fala sobre empatia e sobre se importar com os outros da mesma forma que gostaria que se importasse com você. ´É sobre defender o oprimido e nunca se silenciar. É sobre não calar a boca na frente da injustiça mesmo que a situação não te envolva e não fechar os olhos para a verdade da sociedade.

Jogos reflexivos são tudo isso e mais e jogamos eles para aprender, nos identificarmos, indignarmos. Mas principalmente para assim como Capheus, sermos levados para fora, participar, ver da vida, decidirmos o nosso futuro de forma critica.

Queremos fazer parte do mundo, saber e aprender sobre ele e compreende-lo e ver que tudo está conectado. Logo, jogamos para aprender empatia, pois como dizia Platão, somos incompletos e passamos toda nossa vida aprendendo empatia, pois queremos desesperadamente fazer parte.

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Henry Lorenzatto

Falo de jogos e política nos jogos. Formado em Game Design e fotografia. Colaborador do SalvandoNerd e ex jornagames 📰 na GeekPop News. henryatto@gmail.com